Na semana passada a polícia Federal (PF) expediu as solicitações ao Facebook e à Apple, como proprietário do WhatsApp, para que os dados dos celulares apreendidos do deputado Daniel Silvera (PSL-RJ), que agora está em prisão domiciliar por ter realizados ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Leonardo Reis Guimarães, delegado da PF responsável pela investigação, deu um prazo de 60 dias para ser esclarecido os motivos de não ter acesso integral aos conteúdos dispositivos de Silveira.
Já nos celulares da Apple do deputado, dos 1,8 GB armazenados no serviço em nuvem iCloud só recebeu apenas 2 MB do material. A PF Recebeu apenas contatos da conta de Silveira e fotos de perfil, do Facebook.
Para a Big Techs foram enviadas nova solicitação, e o pedido que foi feito em 17 de março foi reiterado pela OF, e quebrou o sigilo do conteúdo dos dispositivos. O esperado era que dados de conexões, contatos da agenda, dados de grupos, dados que ”estavam disponíveis no link fornecido pela empresa, porém não foram extraídos antes de serem encaminhados para a perícia”, segundo relatório da empresa.
Na nova solicitação enviada às duas Big Techs, a PF reitera o que foi pedido em 17 de março, ou seja, a quebra do sigilo e a extração integral do conteúdo dos dispositivos. Segundo relatório da polícia, o que se esperava era: contatos da agenda, dados de conexões, dados de grupos, dados que “estavam disponíveis no link fornecido pela empresa, porém não foram extraídos antes de serem encaminhados para a perícia”.
Em fevereiro deste ano foi realizado a prisão do deputado Daniel Silveira, após ele divulgar um video que estava defendendo a destituição dos ministros do STF, e também que elogiava o AI-5 golpe militar que ocorreu 1964 e que chamava a Constituição de 1988 de ”porcaria”. Foi afirmado pelo ministro Alexandre de Moraes que as declarações feitas pelo político estava atentando contra a honra do poder Judiciário e violando leis.