Uma atividade ilegal que envolve o Telegram foi detectada por uma conhecida empresa de cibersegurança, a Check Point Security. Segundo um relatório feito pela companhia, a plataforma de mensagens está sendo utilizada para comercializar falsos certificados de vacinação contra a covid-19.
Nos países da União Europeia e nos Estados Unidos este documento comprova que uma pessoa já foi vacinada contra o novo vírus. O mesmo é exigido para caso imunizada, a pessoa que porta o documento possa realizar uma viagem, ou também para a entrada em um estabelecimento.
Esses certificados são feitos com base em cada solicitação, pois para tê-los é necessário além do pagamento, enviar informações pessoais. Com mais de 2.500 grupos desta finalidade, as vendas de comprovantes falsos tiveram um aumento de 257% . também outros grupos têm em cerca de 450 mil participantes.
As fraudes foram identificadas nos Estados Unidos, Itália, Grécia, Indonésia, Holanda, França, Suíça, Reino Unido e Paquistão de acordo com o monitoramento da Check Point. Atualmente os mais interessados são pessoas residentes em países europeus.
Anúncios deste tipo no Telegram, atrai pessoas anti-vacinas ou que não pretendem tomar a vacina nesta época. E não é apenas isso, alguns grupos também conseguem gerar resultados negativos de covid-19. O custo dessas fraudes gira em torno de US$ 100, e o pagamento pode ser realizado por transferência direta por PayPal, cartões-presentes de lojas virtuais e também via criptomoedas.
O que isso pode causar?
No relatório da empresa Check Point, há dois pontos de preocupação. Na primeira é a segurança digital dos interessados, pois com a busca destes serviços, as informações pessoais que são repassadas para os fornecedores deste tipo desse serviço podem gerar riscos.
Já na segunda é por ser um crime portar um documento forjado, pois os dados com a base do sistema de saúde não serão validados caso uma autoridade decida conferir.
O combate à covid-19 pode ser afetada com pessoas fingindo estar imunizada ou também por causa da antivacina. A parte boa é que o número de vacinados está cada vez maior e isso reduz o espalhamento do vírus e diminuindo o número de mortes.